Celular para criança: como escolher e cuidados importantes

celular para criança

Os dispositivos móveis entram em nossas vidas cada vez mais cedo. Como fazemos uso deles constantemente, nada mais natural do que esse comportamento ser espelhado pelos mais novos, os quais, inclusive, desfrutam de diversas aplicações dedicadas a faixas etárias mais baixas. Porém, qual o momento de entre um celular para a criança?

Por mais que tenhamos preocupações com a exposição e o tempo que os pequenos passam em frente às telas, a solução mais recente parece ser o monitoramento do uso por parte deles. É claro que os temores são válidos, sobretudo porque, de fato, há problemas decorrentes do uso excessivo desde cedo, tais como os de visão.

Apesar de a inserção de dispositivos tecnológicos na vida das crianças acontecer cada vez mais cedo, os especialistas recomendam certas idades para cada tipo de interação. Por exemplo, é dito que para possuir um telefone a idade mínima é de 9 anos de idade. Antes disso, pode acontecer a cessão, mas ela deve ser limitada a horários específicos.

A falta de monitoramento ou o uso contínuo por parte deles pode acarretar situações no mínimo curiosas. Sabia que alguns pequeninos já realizaram compras que poderiam ser inacreditáveis quando navegando na internet? Por outro lado, os casos de miopia vêm sendo diagnosticados cada vez mais precocemente, em razão da acomodação ocular para o foco.

O fato é que barrar as crianças de usar o celular parece ser impossível. Inclusive, há pais que fazem uso dos dispositivos para atrair a atenção delas. Essa situação até pode ser válida, mas é preciso fazer uso dela com moderação.

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Celular para criança: um movimento imparável

As crianças gostam de tudo o que chamar atenção delas. Colorido, interativo, melequento, não há restrições, sendo que diversas propriedades são atrativas. Contudo, pediatras afirmam que antes dos 7 anos de idade tudo o que elas têm em mãos é simplesmente um brinquedo. Por isso, de antemão, precisamos dizer que entregar um celular para uma criança até essa idade pode se refletir numa entrega cara.

Dito isso, cada vez mais temos a impressão de que a facilidade com que elas navegam nos dispositivos móveis é tremenda, sim? Seja em aplicativos, seja na internet, desde muito cedo elas se tornam autossuficientes quando o assunto é tecnologia. E, vale dizer, na imensa maioria das vezes elas aprendem muito mais rápido do que os adultos.

O contraponto fica por conta de dizer que aptidão para usar um smartphone não é o mesmo que ser devido. Ou seja, não é porque uma criança sabe usá-lo que ela chegou à fase ideal para fazê-lo autonomamente.

Primeiro, o vício em celulares está cada vez mais comum, e existe até um nome para a doença: nomofobia.

Em casos graves, há quem ouça o telefone tocar ou sinalizar mensagens sem que ele realmente o faça. Pois é justamente aqui que se cria o problema: quando é que ela tem discernimento para realizar uma autogestão do seu tempo frente às telas?

Em casos extremos, porém, essa fobia pode ser gatilho para diversos problemas que acometem boa parcela da sociedade. Entre os efeitos colaterais principais, podemos citar sudorese, tremores, tontura, dificuldade para respirar, náuseas, dor no peito e aumento da frequência cardíaca. E, quanto mais cedo desenvolvidos os problemas, mais difíceis de eles serem tratados.

Problemas de visão

Quando entregamos um celular para a criança muito cedo, podemos estar abreviando a data em que os problemas divisão chegam. Silenciosos, esses problemas não dão manifestações instantâneas, porém é possível mapear um problema em particular de maneira cada vez mais sólida.

A miopia, decorrente da acomodação, o processo ocular que ajusta o foco de um display - o alvo do olhar -, tem se tornado cada vez mais precoce. Além desse, que é considerado grave, outros problemas podem passar despercebidos.

A superexposição à luz azul das telas, por exemplo, pode causar distúrbios do sono, olhos ressecados, menor taxa de piscadas, entre outros. Por isso, é bom reduzir a utilização do celular para a criança que esteja perto do horário de dormir.

Quando dar um celular para os pequenos

Especialistas recomendam que uma criança não tenha um celular próprio antes dos 9 anos de idade. Nesse sentido, a idade ideal recomendada pode ser relativizada, chegando a 13 anos. Não há consenso, mas essa margem tem sido admitida como adequada: entre 9 e 13.

Porém, sabidamente o celular facilita a comunicação inclusive para menores do que isso. Suponhamos, por exemplo, que a criança precise se comunicar com os pais estando na casa de um amiguinho ou na escola em uma situação de emergência. Nesse caso, a linha mais direta que ela teria à sua disposição seria contando com um celular na bolsa. E, aqui, parece ser melhor que ela tenha seu próprio modelo na bolsa.

Muitos pais inclusive disponibilizam aparelhos celulares e seus filhos por conta da folga que eles garantem ao ambiente. Porém, se esse for o seu caso, dê preferência ao monitoramento contínuo da sua navegação. Há como selecionar aquilo que pode ser visto, e há muitas boas opções, que até chegam a ser impulsionadoras do desenvolvimento infantil.

Por que monitorar a criança no celular?

É importante monitorar a navegação ao entregar um celular para a criança por conta da sua falta de percepção com questões relacionadas a superexposição nas redes. Além disso, questões relacionadas à segurança digital devem ser consideradas, uma vez que eles sejam incapazes de determinar quais dados do celular dos pais sejam importantes quando fazem uso deles.

Vou comprar um celular para criança: o que avalio?

  • Durabilidade

Se você está determinado a comprar um celular para crianças, o melhor que pode fazer é considerar sua durabilidade. Nesse sentido, há telefones que garantem certificações maiores, inclusive chegando a níveis militares. Ou seja, em situações de queda, eles podem resistir mais.

  • Proteção para o display

Além disso, considere adquirir modelos que contem com proteção extra para o display. Nesse sentido, a especificação Gorilla Glass tradicionalmente diz que a tela é mais duradoura. Dê preferência também aos modelos que não contem com tela infinita, porque elas são sabidamente mais frágeis quando vão ao solo.

  • Duração da Bateria

Por fim, procure por modelos com melhor autonomia de bateria. Qualquer volume acima de 4.000mAh parece ser suficiente para que um celular para criança não se torne um problema com as tomadas.